A expansão do portfólio da CSD BR está no cerne de sua estratégia de crescimento, mas depende crucialmente da obtenção de licenças regulatórias, um processo que se arrasta há anos. O aumento substancial no volume de ativos financeiros registrados pela empresa, superando as expectativas para 2024, é um indicador sólido de seu potencial, destacando a necessidade premente de autorizações para operar com liquidação e depósitos centralizados.
As reuniões frequentes com o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) refletem o compromisso da empresa em superar os obstáculos regulatórios, embora a demora seja reconhecida como uma preocupação. O CEO, Edivar Queiroz, enfatiza a importância de um processo criterioso, considerando o risco sistêmico inerente às operações da empresa.
Atualmente, a CSD BR possui licenças para registrar diversos tipos de ativos financeiros, mas a ampliação do portfólio é essencial para sua colaboração com a BIDS Trading em negociações de "block trade". No entanto, a interoperabilidade com a B3 é uma questão pendente, complicada ainda mais pelas disputas anticoncorrenciais.
O modelo europeu de interoperabilidade é defendido como mais inclusivo e sustentável do que o modelo brasileiro, que é percebido como restritivo e financeiramente inviável para novos entrantes. A perspectiva da entrada de novos concorrentes, como a Bolsa do Mubadala, reforça a necessidade de uma abordagem mais competitiva e diversificada no mercado brasileiro.
Enquanto a Bolsa do Mubadala planeja utilizar infraestruturas existentes, como a central depositária da B3 e a clearing da Tata, a CSD BR busca desenvolver suas próprias estruturas, refletindo diferentes visões sobre o modelo ideal. O desfecho dessas abordagens concorrentes permanece incerto, sujeito à avaliação do tempo e do mercado.
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